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					  por Luiz Roberto Londres
                      
                           As dores de meus amores
São feitas de meias dores
Mais as metades de amores.
Pela manhã, lambanças.
À tarde, recriminações.
À noite, doces lembranças.
Das dores que trago no peito
Há dores que são Marias
Que são dores a seu jeito.
Lá está, perene, à minha frente, 
Ao longe, nos horizontes, 
Uma linha inexistente.
Há algo que não se esconde
E nem se pode negar: 
"A faísca do teu olhar".